Racing Academy & Competition (RAC) é a mais recente equipa de Karting criada em Portugal, mais precisamente há cerca de dois meses. O seu conceito assenta em três vertentes distintas e o seu objetivo vai para além de formar pilotos para a sua própria estrutura. Ricardo Costa explicou-nos a forma como a RAC pretende estar presente no panorama do Karting nacional e internacional.
Vroom Portugal (VP): Como surgiu a ideia de formar a Racing Academy & Competition (RAC)?
Ricardo Costa (RC): Tendo em consideração que o Rui Alves e eu temos filhos na competição e a pensar no bem-estar, nas condições, no futuro e na integração dos mesmos dentro das equipas, todo o projeto foi desenhado à volta desta necessidade. Após célebre conversa no final de fevereiro de 2017, ambos chegamos à conclusão que algo era necessário fazer. Não só uma equipa que proporcionasse todas estas condições como uma academia de captação e oportunidade para todos os aspirantes a pilotos. Perante esta redondância de ideias e determinação ao fim de 2 meses estávamos com toda a estrutura montada e em prática nos kartódromos nacionais.
Vroom Portugal (VP): Pelo que o nome indica parece que a RAC foi pensada para proporcionar condições a quem gosta de Karting em três vertentes: apenas como Academia; como Academia, fazendo depois a introdução no momento mais indicado à Competição e, como terceira função, proporcionar as melhores condições possíveis para quem já está perfeitamente integrado na competição. É este o conceito?
RC: Na verdade este ponto não é uma questão mas sim uma afirmação, tudo foi elaborado e pensado de forma a proporcionar as melhores condições de formação da modalidade como a integração dos formandos na competição, desta forma podemos formar aspirantes a pilotos, aos que já tem bases introduzi-los na competição e aos que estão integrados oferecer-lhes condições e oportunidades propícias à evolução e crescimento como pilotos profissionais.
VP: Que funções têm o Rui Alves e o Ricardo Costa?
RC: Tendo em conta o seu ‘know-how’ dentro da modalidade e os anos a acompanhar a competição, o Rui Alves é o homem-forte do Paddock, tendo sobre ele toda a responsabilidade em tudo o que envolve o staff e a competição. Eu sou o responsável pela gestão financeira, marketing, comunicação e recursos humanos da RAC.
VP: Quem são para já os pilotos (que se estão a iniciar e os que já têm experiência) que fazer parte da RAC? E em que categorias competem e quais as suas idades?
RC: Luís Alves: 11 anos, Campeão Nacional 2016 na categoria Juvenil, época 2017 a disputar na categoria Juvenil o CNK e Mini Rotax.
João Ferreirinha: 14 anos, irá efetuar a sua 1ª prova no CNK Palmela na categoria Júnior, encontra-se a ser formado pela RAC.
Rodrigo Ferreira: 7 anos, estreou-se na prova CNK Viana do Castelo na categoria Cadete, encontra-se a ser formado pela RAC.
Rodrigo Seabra: 6 anos, em período de formação na categoria Cadete Micro Academy Rotax.
Martim Marques: 5 anos, disputou as duas últimas provas CNK 2016 (Bombarral e Braga) na categoria Iniciação, completará os 6 anos a 2 de julho integrando de imediato a Prova Micro Academy Rotax no Bombarral 2017.
VP): O Professor Domingos Machado tem um passado que fala por ele. Mas para quem está agora a iniciar-se no Karting talvez não saiba. Podem descrever um pouco a carreira do Professor Domingos Machado e para que funções foi convidado para integrar a RAC?
RC: O Professor Domingos Machado chegou ao Karting aos 40 anos, tendo feito 5 temporadas como piloto em Troféus Regionais. Mais tarde, fez durante 6 anos formação de iniciação de pilotos no Kartódromo Cabo do Mundo, tendo muitos deles evoluído para a competição nas diversas equipas existentes. Atualmente é o “Coach” do Martim Marques, integra a estrutura da RAC e também dá apoio à formação dos novos pilotos.
VP: Para além do Rui Alves, do Ricardo Costa, dos pilotos, do Professor Domingos Machado, que outras pessoas integram a estrutura da RAC e quais são as suas funções?
RC: A RAC é encabeçada pelo Rui Alves e por mim, 1 professor responsável pela academia e formação (o Prof. Domingos Machado), 5 pilotos que já os mencionei e 5 mecânicos distribuídos pelas duas competições a nível nacional (CNK e Rotax), sendo todos eles bem conhecidos e experientes na modalidade: Joaquim Sousa, Pedro Santos, Carlos Vieira, Arlindo Alves e o Eng. mecanico Pedro Pereira dos Santos.
VP: O estudo do nome da equipa, o logotipo/marca, a identidade (as cores e o próprio ‘lettering’) foram, tanto quanto nos parece, muito bem estudados. Todos os elementos da estrutura têm o seu vestuário e nada foi deixado ao acaso. Esta imagem – bem concebida quanto a nós – potencia a motivação dos pilotos e de todos os elementos. Existem novidades quanto a marcas, empresas, instituições – de diferentes áreas de atividade – que já se tenham associado à RAC?
RC: Nada é feito ao acaso, ambos os criadores da RAC estão há muitos anos ligados ao universo do Marketing, Brand e Publicidade, desta forma foi efetuado um estudo intenso e conclusivo de forma a proporcionar impacto e uma identidade. Na verdade, temos sido parabenizados pelas outras equipas pelo formato com que nos apresentamos, em relação ao segundo tema da questão (marcas, empresas e instituições) na corrente época toda a estrutura RAC tem sido co-financiada pelas empresas dos sócios (Sensati e Raíz Carisma). No entanto, para a próxima época existem já interesses e protocolos estabelecidos com outras entidades que no arranque da mesma serão divulgados e apresentados como Sponsors da nossa estrutura.
VP: Estamos a meio da época de 2017. Quais são os objetivos da RAC até final do ano? E quanto a 2018?
RC: Até ao final do ano o objetivo da RAC é colocar os 5 pilotos na alta competição. Em relação a 2018 contamos com uma ampliação da equipa, tendo em conta que os cursos na academia iniciam em Julho, (tendo já vários inscritos) e daí alguns dos formandos serão introduzidos dentro da equipa de competição fomentando o crescimento da modalidade e as grelhas de partida. Além disso, foi já adquirido um camião com oficina, ‘living’ e sala de formação que nos acompanhará em cursos itinerantes em diversos pontos do País, bem como na competição nacional e em Espanha.
VP: A RAC está associada a algum tipo de material de Karting? Representam alguma marca, por exemplo?
RC: Atualmente, e tendo em conta que avançamos a meio do campeonato, alguns dos pilotos já possuem material próprio. Porém, após contatos efetuados com os fabricantes de material e em concordância com o staff (mecânicos) e dependendo do suporte que nos for garantido, optaremos por trabalhar num sistema de monomarca assegurando o melhor para a estrutura.
VP: Quem quer conhecer melhor a RAC como pode fazê-lo?
RC: A RAC está presente fisicamente no KIB (Kartódromo Internacional de Braga) a nível da competição, no KV (Kartódromo de Viana do Castelo) como academia de formação de pilotos. Além disso para qualquer esclarecimento adicional podem visitar-nos no facebook.com/rac.competition onde estão disponíveis vídeos e fotos do trabalho que temos vindo a desenvolver.
VP: Por fim, o que gostariam de deixar bem sublinhado nesta nossa apresentação da RAC?
RC: Em primeiro lugar, referir que optamos por trabalhar o fator menos apetecível da modalidade: a Formação. Todavia, temos todas as condições de logística e staff para que a RAC – além de ser um projeto ambicioso – passe por ser também uma aposta a longo prazo com muito investimento dos mentores a pensar no bem-estar e nas melhores condições das estrelas que são os pilotos.
O objetivo é fomentar a modalidade, aumentando as grelhas da competição e servir de viveiro de pilotos, não só para a RAC Competition como para as demais equipas do panorama nacional.